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Hélio Oiticica com Bólides e Parangolés em seu estúdio no Rio de Janeiro, c.1965
"Diante das polarizações quanto ao entendimento das posições estético-políticas nas diversas áreas de vanguarda, a atuação de Oiticica não é nem excludente nem de simples composição de diferenças. Localiza-se num entre-lugar, que seria a marca do tropicalismo, em que as polarizações não se diluem, mas se entre-explicitam, liberando os signos de uma nova e inédita atividade crítico-criativa. A partir dela, a eficácia das ações não está na superação das oposições e ambigüidades dos processos em curso; está acima de tudo no estabelecimento de um campo de tensões e relações que se entre-exprimem, criticam, sugerindo nas produções o aparecimento de outras imagens da atuação cultural."
FAVARETTO, Celso. “Tropicália: a explosão do óbvio.” In: BASUALDO, Carlos (org). Tropicália: uma revolução na cultura brasileira [1967-1972]. São Paulo: Cosacnaify, 2007. p. 86.