



O projeto moderno é indissociável da crença de que as artes poderiam mudar o mundo.
A dissolução da arte na vida é a grande divisa do programa revolucionário que as vanguardas artísticas atualizaram de forma tão contundente. Desde então, a dimensão estética tem desempenhado a importante função de se rebelar contra a tirania do existente, reivindicando em seu lugar a chance de implementação de uma ordem menos repressiva, onde a liberdade poderia, quem sabe, fazer as pazes com a civilização. (Pelo menos, segundo Marcuse). Entretanto, o advento da sociedade de consumo -- notadamente a partir da década de 80, com a cooptação do potencial subversivo das artes pela forma-mercadoria -- tem propiciado as condições ideais para que o sentido da 'grande recusa' seja totalmente cancelado em nome das leis de mercado e suas irreversíveis(?) aspirações unidimensionalizantes. Absolut repressive dessublimation.
2 comentários:
I'll drink to that.
Postar um comentário