"Uma pessoa que ama é assiduamente e sem interrupções ocupada pela imagem da pessoa amada".
Stendhal. Do amor.
(Porto Alegre, L&PM, 2007, p. 261).
sábado, maio 28, 2011
domingo, maio 22, 2011
Fútil metafisicamente
“Toda a vida fui fútil metafisicamente, sério a brincar”.
Fernando Pessoa. Livro do Desassossego.
(São Paulo, Companhia de Bolso, 2006, T. 135, p. 154).
Fernando Pessoa. Livro do Desassossego.
(São Paulo, Companhia de Bolso, 2006, T. 135, p. 154).
sábado, maio 21, 2011
Festas a um Gato
"Tenho neste momento tantos pensamentos fundamentais, tantas coisas verdadeiramente metafísicas que dizer, que me canso de repente, e decido não escrever mais, mas deixar que a febre de dizer me dê sono, e eu faça festas com os olhos fechados, como a um gato, a tudo quanto poderia ter dito".
Fernando Pessoa. Livro do Desassossego.
(São Paulo, Companhia de Bolso, 2006, T. 27, p. 60)
Fernando Pessoa. Livro do Desassossego.
(São Paulo, Companhia de Bolso, 2006, T. 27, p. 60)
sexta-feira, maio 20, 2011
Porco-Espinho
"Um fragmento tem de ser, igual a uma pequena obra de arte, totalmente separado do mundo circundante e perfeito em si mesmo como um porco-espinho".
Friedrich Schlegel.
(Fragmento de Athenaeum, n. 206)
"O porco-espinho -- um ideal".
Friedrich von Hardenberg Novalis.
(Anotação à margem do fragmento supra).
Friedrich Schlegel.
(Fragmento de Athenaeum, n. 206)
"O porco-espinho -- um ideal".
Friedrich von Hardenberg Novalis.
(Anotação à margem do fragmento supra).
quinta-feira, maio 19, 2011
Cogito ergo Sum, por René Descartes
“Mas o que sou eu, então? Uma coisa que pensa. Que é uma coisa que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer, que imagina também e que sente. Com certeza não é pouco se todas essas coisas pertencem à minha natureza. Mas por que não lhe pertenceriam? Não sou eu próprio essa pessoa que duvida de quase tudo, que, apesar disso, compreende tantas coisas, que garante e afirma que apenas tais coisas são verdadeiras, que refuta todas as demais, que deseja conhecê-las melhor, que não quer ser enganada, que imagina muitas coisas e que sente também muitas coisas por meio dos órgãos do corpo? Existirá alguma coisa em tudo isso que não seja tão verdadeira quanto é certo que sou e que existo, mesmo se dormisse sempre e ainda quando aquele que me deu a existência se servisse de todos os seus poderes para ludibriar-me? Existirá, também, algum desses atributos que possa ser salientado de meu pensamento, ou que se possa afirmar que existe separado de mim mesmo? Pois é por si tão evidente que sou eu quem duvida, quem entende e quem deseja que não é preciso acrescentar nada para explicá-lo. E tenho também, com toda certeza, o poder de imaginar; porque, ainda que possa suceder (...) que as coisas que imagino não sejam verdadeiras, esta capacidade de imaginar não deixa de existir realmente em mim e faz parte do meu pensamento. Por fim, sou o mesmo que sente, ou seja, que recebe e conhece as coisas como que pelos órgãos dos sentidos, visto que, de fato, vejo a luz, ouço o ruído, sinto o calor. Poderão, porém, dizer-me que essas aparências são falsas e que eu durmo. Que assim seja; contudo, ao menos, é bastante certo que me parece que vejo, que ouço e que me aqueço; e é propriamente aquilo que em mim se chama sentir, e isto, tomado assim precisamente, nada é senão a não ser pensar. De onde começo a conhecer o que sou, com um pouco mais de clareza e discernimento do que anteriormente”.
DESCARTES, René. "Meditações", in: Descartes. Col. Os pensadores. São Paulo, Nova Cultural, 2000, p. 162-163.
DESCARTES, René. "Meditações", in: Descartes. Col. Os pensadores. São Paulo, Nova Cultural, 2000, p. 162-163.
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