sábado, março 28, 2009
Metropolis, Fritz Lang, 1927
Epigrama:
O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração!
[The mediator between head and hands must be the heart!]
Cenas do filme METROPOLIS. Direção: Fritz Lang, 1927. Continental Filmes, São Paulo, DVD, P&B, 124 min.
quinta-feira, março 26, 2009
sexta-feira, março 20, 2009
Fausto, J. W. Murnau, 1926
"Para trás! Em guarda! Por que afliges a humanidade com a Guerra, a Peste e a Fome?"
"A terra é minha!"
"A terra nunca será tua: o homem pertence a Deus."
"Olhe para baixo!"
"Todas as coisas no céu e na terra são maravilhosas. Mas a maior maravilha é a liberdade do homem para escolher entre o bem e o mal."
"Um desafio: eu arrancarei a alma de Fausto para longe de Deus!"
"Se puderes destruir o que há de divino em Fausto, a terra será tua!"
"Nenhum homem pode resistir ao mal! A aposta está feita!"
Cenas de FAUSTO. Dir.: J. W. Murnau, 1926. Coleção Expressionismo Alemão, Vol. 5, DVD, Continental, São Paulo.
quinta-feira, março 12, 2009
Entre a arte e a vida, por Thomas Mann
Edvard Munch, Melancolia, 1894-95.
"Nós, os solitários," escrevera certa vez numa hora quieta de comunhão consigo mesmo, "nós, sonhadores isolados, deserdados pela vida, que gastamos nossos dias de introspecção perdidos num ar gélido e artificial, espalhando um sopro frio como que proveniente de regiões estranhas, sempre que estamos entre seres humanos vivos que veem nossas frontes marcadas com o sinal da sabedoria e do medo; nós, pobres fantasmas da vida, que somos recebidos com um olhar embaçado, e logo que possível deixados a sós, para que nosso olho vazio e perquiridor não sombreie a alegria... Todos nós acalentamos uma oculta e insaciável nostalgia das coisas inocentes, simples e reais da vida; um pouquinho de felicidade amável, devotada, humana e familiar. Aquela 'vida' da qual estamos apartados -- não a encaramos como uma beleza selvagem e um esplendor cruel, não é pelo extraordinário que possa conter que ansiamos por ela, nós, que somos os extraordinários. O reino do nosso nostálgico amor é o reino das coisas normais, agradáveis e respeitáveis, é a vida com tudo o que tem de tentador e banal; é isso que queremos..."
MANN, Thomas. Os famintos e outras historias. Trad: Lya Luft. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000, p. 154.
segunda-feira, março 09, 2009
We can do it !
quarta-feira, março 04, 2009
O espelho como utopia e heterotopia
René Magritte, Ligações perigosas, 1926.
"Acredito que entre as utopias e estes posicionamentos absolutamente outros, as heterotopias, haveria, sem dúvida, uma espécie de experiência mista, mediana, que seria o espelho. O espelho, afinal, é uma utopia, pois é um lugar sem lugar. No espelho, eu me vejo lá onde não estou, em um espaço irreal que se abre virtualmente atrás da superfície, eu estou lá longe, lá onde não estou, uma espécie de sombra que me dá a mim mesmo minha própria visibilidade, que me permite me olhar lá onde estou ausente: utopia do espelho. Mas é igualmente uma heterotopia, na medida em que o espelho existe realmente, e que tem, no lugar que ocupo, uma espécie de efeito retroativo; é a partir do espelho que me descubro ausente no lugar em que estou porque eu me vejo lá longe. A partir desse olhar que de qualquer forma se dirige para mim, do fundo desse espaço virtual que está do outro lado do espelho, eu retorno a mim mesmo e a me constituir ali onde estou; o espelho funciona como uma heterotopia no sentido que ele torna esse lugar que ocupo, no momento em que me olho no espelho, ao mesmo tempo absolutamente real, em relação com todo o espaço que o envolve, e absolutamente irreal, já que ela é obrigada, para ser percebida, a passar por aquele ponto virtual que está lá longe."
FOUCAULT, Michel. "Outros espaços", in: Ditos e escritos III - Estética: Literatura e pintura, música e cinema. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003, p. 415.
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