Mais uma peripécia do grupo ativista The Yes Men
Preocupada com o futuro do planeta, a McDonalds estaria envolvida num revolucionário megaprojeto de abrangente transformação social.
Fotos, slides e declarações estão disponíveis para download.
Para saber mais a respeito, clique no título deste post.
Mc Marianne
McZapata
McHatma Gandhi
McChe
Rona McRiveter
domingo, janeiro 28, 2007
sábado, janeiro 27, 2007
De profundis
De toda a riquíssima iconografia cristã, a alegoria do inferno tem se mostrado ser um tema fecundo entre filósofos e artistas ao longo dos séculos
por Aléxia Bretas
O inferno de Dante tem nove círculos; o de Swedenborg é povoado de anjos; o de Blake ensina provérbios; o de Rimbaud cheira a carne tostada; o de Sartre é o outro; o de Strindberg é aqui.
Apesar das peculiaridades que distinguem cada uma das constelações acima, uma característica pode ser apontada como denominador comum entre as tão ecléticas representações lítero-filosóficas recebidas pelo inferno no decurso da história.
Com a sabedoria oracular que lhe é típica, o escritor Jorge Luís Borges a ela se refere como a lancinante duração de suas penas. E escreve: “O atributo de eternidade é o horroroso. O de continuidade -- o fato de que a perseguição divina carece de intervalos, de que no Inferno não há sonho -- é ainda pior, mas impossível de ser imaginado”.
George Grozs, Caim ou Hitler no inferno, 1944, óleo sobre tela, 99 x 124,5 cm, coleção particular.
por Aléxia Bretas
O inferno de Dante tem nove círculos; o de Swedenborg é povoado de anjos; o de Blake ensina provérbios; o de Rimbaud cheira a carne tostada; o de Sartre é o outro; o de Strindberg é aqui.
Apesar das peculiaridades que distinguem cada uma das constelações acima, uma característica pode ser apontada como denominador comum entre as tão ecléticas representações lítero-filosóficas recebidas pelo inferno no decurso da história.
Com a sabedoria oracular que lhe é típica, o escritor Jorge Luís Borges a ela se refere como a lancinante duração de suas penas. E escreve: “O atributo de eternidade é o horroroso. O de continuidade -- o fato de que a perseguição divina carece de intervalos, de que no Inferno não há sonho -- é ainda pior, mas impossível de ser imaginado”.
George Grozs, Caim ou Hitler no inferno, 1944, óleo sobre tela, 99 x 124,5 cm, coleção particular.
terça-feira, janeiro 23, 2007
Arqueologia do Invisível
Foto: Evgen Bavcar, Cabeça de Calígula, Nápoles
Fotógrafo e cego desde a infância, Evgen Bavcar fala da necessidade de criarmos uma espécie de 'arqueologia do invisível' para darmos um novo sentido ao olhar. Ele adverte: "Se isso não for possível, seguramente morremos sem epitáfio, já que a morte da imagem acontece sempre em silêncio. É por isso que o anjo do progresso evocado por Benjamin deve relembrar-nos as ruínas que ele deixa para trás, às quais pertencem também as imagens destruídas, já que não tinham sido nomeadas ou não éramos ainda capazes de lhes dar uma palavra para acompanhá-las.”
BAVCAR, Evgen, A imagem, vestígio desconhecido da luz.In: NOVAES, Adauto (org). Muito além do espetáculo. São Paulo: SENAC-SP, 2005.
quinta-feira, janeiro 18, 2007
Rosa Platônica
Robert Mapplethorpe, Rose with smoke, 1985
"Onde estará a rosa que em tua mão
prodiga, sem saber, íntimos dons?
Não está na cor, porque a flor é cega,
nem na doce fragrância inesgotável,
nem no peso da pétala. Essas coisas
são alguns poucos e perdidos ecos.
A rosa verdadeira está bem longe.
Pode ser um pilar ou uma batalha
ou um firmamento de anjos ou um mundo
infinito, secreto e necessário,
ou o júbilo de um deus que não veremos
ou um planeta de prata em outro céu
ou um arquétipo horrível que não tem
a forma dessa rosa."
BORGES, Jorge Luis. Blake.
In: Obras completas III.
São Paulo: Globo, 1999. p. 348.
Mesmo o idealista Platão me emociona,
pelo punho de Borges.
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