segunda-feira, março 28, 2011

Amar, por Carlos Drummond de Andrade

"Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
Sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amar sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma eterna ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita".

domingo, março 27, 2011

Lê!

Segundo a tradição, naquele ano de 610,
o arcanjo Gabriel apareceu diante de Maomé
e disse: "Lê!"

sexta-feira, março 25, 2011

Viver com qualidade, por Sêneca

"O que importa não é viver muito, mas viver com qualidade. Com efeito, viver muito tempo quem decide é o destino. Viver plenamente, o teu espírito. A vida é longa se for vivida com plenitude. Assim, ela está plena quando a alma tomou posse do bem que lhe é próprio e não depende senão de seu poder".

SÊNECA (ca. 4 a.C-ca. 65 d.C). "Da qualidade da vida comparada com a sua duração", in: Aprendendo a viver. Porto Alegre, LP&M, 2009, p. 90.

terça-feira, março 15, 2011

terça-feira, março 01, 2011

Ambiguidades da Experiência Moderna


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