Bertolt Brecht
I
De que serve a bondade
Se os bons são imediatamente liquidados, ou são liquidados
Aqueles para os quais eles são bons?
De que serve a liberdade
Se os livres têm de viver entre os não-livres?
De que serve a razão
Se somente a desrazão consegue o alimento de que todos necessitam?
II
Em vez de serem apenas bons, esforcem-se
Para criar um estado de coisas que torne possível a bondade
ou melhor: que a torne supérflua!
Em vez de serem apenas livres, esforcem-se
para criar um estado de coisas que liberte a todos
E também o amor à liberdade
Torne supérfluo!
Em vez de serem apenas razoáveis, esforcem-se
Para criar um estado de coisas que torne a desrazão de um indivíduo
Um mau negócio!
BRECHT, Bertolt. Poemas 1913-1656. Tradução: Paulo Cézar de Souza. São Paulo: Ed. 34, 2001, p. 129
Olá. Esta é a primeira vez que vejo o seu blog e não pude deixar de reparar que está recheado de temas muito interessantes que interliga de forma bastante atraente.
ResponderExcluirA minha visita ao seu blog nao foi um mero acaso; na verdade andava à procura de umas informaçoes sobre a razao de se estudar a estetica em filosofia e quais os objectivos subjacentes à dimensao estetica. Se me pudesse esclarecer estas questoes ficaria agradecido.
Continuação de um bom trabalho e boa postagens ;)
Caro Rui,
ResponderExcluirObrigada pelo comentário e interesse pelo blog : ) Saiba que será sempre um prazer contar com sua visita por aqui de vez em quando...
Sobre as questões "filosóficas" relativas à estética, respondo por mim: seu estudo tem sido um exercício constante, sempre renovado, de tentar expandir as fronteiras da experiência sensível para além das possibilidades, um tanto quanto restritas, da existência imediatamente "cotidiana". Isso, é claro, traz mais desafios, que propriamente resultados... mas tem valido a pena!
Abs,
Alexia