quarta-feira, outubro 29, 2008
O dionisíaco segundo Nietzsche
Caravaggio, Bacchus, 1596
"A moral não seria uma 'vontade de negação da vida', um instinto secreto de aniquilamento, um princípio de decadência, apequenamento, difamação, um começo do fim? E, em consequência, o perigo dos perigos?... Contra a moral, portanto, voltou-se então, com este livro problemático, o meu instinto, como um instinto em prol da vida, e inventou para si, fundamentalmente, uma contradoutrina e uma contravaloração da vida, puramente artística, anticristã. Como denominá-la? Na qualidade de filólogo e homem das palavras eu a batizei, não sem alguma liberdade, com o nome de um deus grego: eu a chamei dionisíaca."
Friedrich Nietzsche, O nascimento da tragédia. (São Paulo, Companhia das Letras, 1998, p. 20).
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