quinta-feira, novembro 29, 2007

O entre-lugar do tropicalismo


Hélio Oiticica com Bólides e Parangolés em seu estúdio no Rio de Janeiro, c.1965

"Diante das polarizações quanto ao entendimento das posições estético-políticas nas diversas áreas de vanguarda, a atuação de Oiticica não é nem excludente nem de simples composição de diferenças. Localiza-se num entre-lugar, que seria a marca do tropicalismo, em que as polarizações não se diluem, mas se entre-explicitam, liberando os signos de uma nova e inédita atividade crítico-criativa. A partir dela, a eficácia das ações não está na superação das oposições e ambigüidades dos processos em curso; está acima de tudo no estabelecimento de um campo de tensões e relações que se entre-exprimem, criticam, sugerindo nas produções o aparecimento de outras imagens da atuação cultural."

FAVARETTO, Celso. “Tropicália: a explosão do óbvio.” In: BASUALDO, Carlos (org). Tropicália: uma revolução na cultura brasileira [1967-1972]. São Paulo: Cosacnaify, 2007. p. 86.

sexta-feira, novembro 23, 2007

As Tiras de Möebius








Möebius é o pseudônimo do desenhista francês Jean Giraud, autor do Ciclo Le Monde d'Edena, da qual faz parte o álbum Sur l'étoile.

quinta-feira, novembro 22, 2007

Paisagens


Efrain Almeida, Cabrita, 2007.


Efrain Almeida, Coelhas conversando, 2007.


Efrain Almeida, Mãos com cabeça, 2007.

sexta-feira, novembro 16, 2007

A Comédia e a Tragédia


Giorgio de Chirico, A comédia e a tragédia, 1926.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Fetichismo de Garrafa

"A correspondência gnóstica de garrafa, de Adorno, não precisa estar perdida. Podemos dizer da geração, atualmente em torno de quarenta anos, que ela encontrou a correspondência da teoria crítica, abrindo-a de forma dramática. Hoje, talvez, a correspondência esteja em mãos que não praticam fetichismo de garrrafa; em todo caso não podíamos inferir a correspondência da garrafa.

Uma anedota Zen:

O funcionário Riko pediu certa vez ao mestre Nansen para lhe explicar o problema do ganso na garrafa. 'Se colocarmos um gansinho numa garrafa alimentando-o até crescer, como tirá-lo então sem matá-lo e sem quebrar a garrafa?' Nansen batia as mãos com força e gritava: 'Riko' -- 'Estou aqui, mestre', respondeu Riko assustado. 'Está vendo', disse Nasen, 'o ganso está fora.'"

SLOTERDIJK, Peter. "A saturação filosófica da estética e o moralismo hermenêutico." In: Mobilização copernicana e desarmamento ptolomaico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1992, p. 47.

Estética como Cripto-ética do Presente

"A promoção da arte da interpretação à custa das obras deve-se a um mecanismo exterior ao processo estético. O florescimento da interpretação e a identificação entre a obra e a sombra de sua propaganda hermenêutica devem-se, em grande parte, à filosofia moderna -- precisamente àquela filosofia que foi privada da verdade porque deixou de existir uma totalidade que correspondesse à unidade bem-sucedida do verdadeiro, do bom e do belo. A filosofia atual precisa da estética para poder dizer, via teoria estética, o que devia dizer se ainda existisse 'filosofia verdadeira'. Estética representa a muleta que permite a uma filosofia impossível de se arrastar pelo século XX. A estética filosófica se transformou em cripto-ética do presente. Serve à filosofia de refúgio que abriga um conceito arcaico de verdade -- enquanto visão da vida verdadeira, um conceito que filósofos modernos não ousariam ensinar com intenção direta. A estética desde as Cartas sobre a educação estética do homem, de Schiller, até os escritos teóricos sobre arte de Adorno, funciona, então, como moral de um mundo sem moral e como órgão último da verdade para uma condição epocal que identifica verdade como preconceito para quem tem nervos frágeis."

SLOTERDIJK, Peter. "A saturação filosófica da estética e o moralismo hermenêutico." In: Mobilização copernicana e desarmamento ptolomaico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1992, pp. 39-40.

terça-feira, novembro 13, 2007

Égua da Noite


Johann Heinrich Füssli, Pesadelo, 1802, óleo sobre tela, Goethe Museum, Frankfurt am Main.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Tornar-se alemão

"A alma alemã tem corredores e veredas em si, no seu interior existem cavernas, esconsos e masmorras; sua desordem tem muito do encanto do mistério; o alemão conhece os caminhos tortuosos para o caos. E como toda coisa ama seu símile, o alemão ama as nuvens e tudo o que é turvo, cambiante, crepuscular úmido e velado: todo tipo de coisa incerta, inacabada, evasiva, em crescimento, ele se sente como 'profundo'. O alemão mesmo não é, ele se torna, se 'desenvolve.'"

NIETZCHE, Friedrich. p. 151-153. Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro, §244. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

sexta-feira, novembro 09, 2007

quinta-feira, novembro 08, 2007

Delirium, por Neil Gaiman


GAIMAN, Neil. Sandman: Noites sem fim. São Paulo: Conrad, 2004.

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