sexta-feira, abril 29, 2011

Múltiplos tons de Rosa


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quarta-feira, abril 27, 2011

Filosofia e Teatro no Século XVIII


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terça-feira, abril 26, 2011

Do Desejo, por Hilda Hilst

"Por que há desejo em mim, é tudo cintilância".

Hilda Hilst. Do desejo.
(Campinas, Pontes, 1992, p. 9)

sexta-feira, abril 08, 2011

Viver é ser Outro

"Criei-me eco e abismo, pensando. Multipliquei-me aprofundando-me. O menor episódio -- uma alteração saindo da luz, a queda enrolada de uma folha seca, a pétala que se despega amarelecida, a voz do outro lado do muro com os passos de quem a diz juntos aos de quem a deve escutar, o portão entreaberto da quinta velha, o pátio abrindo com um arco das casas aglomeradas ao luar -- todas essas coisas, que não me pertencem, prendem-me a meditação sensível com laços de ressonância e de saudade. Em cada uma dessas sensações sou outro, renovo-me dolorosamente em cada impressão indefinida. Vivo de impressões que não me pertencem, perdulário de renúncias, outro no modo como sou eu."

Fernando Pessoa. Livro do desassossego.
(São Paulo, Companhia do bolso, 2006, T.94, pp. 123-124)

quinta-feira, abril 07, 2011

A vida é sonho, por Fernando Pessoa

"Nunca durmo: vivo e sonho, ou antes, sonho em vida e a dormir, que também é a vida. Não há interrupção em minha consciência: sinto o que me cerca se não durmo ainda, ou se não durmo bem; entro logo a sonhar desde que deveras durmo. Assim, o que sou é um perpétuo desenrolamento de imagens, conexas ou desconexas, fingindo sempre de exteriores, umas postas entre os homens e a luz, se estou desperto, outras postas entre os fantasmas e a sem-luz que se vê, se estou dormindo. Verdadeiramente, não sei como distinguir uma coisa da outra, nem ouso afirmar se não durmo quando estou desperto, se não estou a despertar quando durmo".

Fernando Pessoa. Livro do desassossego.
(São Paulo, Companhia de bolso, 2006, p. 323).

segunda-feira, abril 04, 2011

O universo é o sonho de si mesmo

"Estou quase convencido de que nunca estou desperto. Não sei se não sonho quando vivo, se não vivo quando sonho ou se o sonho e a vida não são em mim coisas mistas, interseccionadas, de que meu ser consciente se forme por interpenetração".

Fernando Pessoa. Livro do desassossego.
(São Paulo, Companhia de bolso, 2006, § 285, p. 280).